O saramugo (Anaecypris Hispanica) peixe endémico da penísula Ibérica, (bacia do Guadiana), é um peixe de pequenas dimensões com corpo estreito e comprido, cabeça pequena, boca subida e olhos relativamente grandes e salientes. As escamas são de pequena dimensão com tons que variam entre o prateado e o rosado, com minúsculas manchas negras ao longo dos flancos.
Este alimenta-se basicamente de plâncton, pequenas algas, detritos de insectos, uma cadeia alimentar que está a ser afectada pela carga poluente que é canalizada para o seu habitat.
A seca extrema que fustigou, com particular incidência, o território abrangido pela bacia hidrogáfica do Guadiana no último Verão veio acelarar a extinção do Saramugo, uma das espécies de água doce mais vulneráveis da Penísula Ibérica, classificado como "Em Perigo" nos livros vermelhos dos vertebrados em Portugal e Espanha.
Além da seca extrema, o aumento das espécies exóticas, a extracção de inertes, a extracção excessiva de água e carga poluente têm posto em causa a sobrevivência desta espécie.
Leonor Rogado, bióloga no ICN, começou em Junho o trabalho de levantamento das populações desta e de outras espécies autóctones nos afluentes do Guadiana, sendo or resultados nada animadores. "A situação é Crítica", alerta a bióloga.
Fica o alerta uma espécie que só existe num único ponto do Globo (Guadiana) que está no limiar da Extinção.
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