23/09/2006

Boom Festival 2006

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A ecologia foi o tema da sexta edição do Boom Festival, que decorreu desde o dia 3 a 9 de Agosto, arrastando mais de 20 mil pessoas a Idanha-a-Nova. O bambu foi o material de eleição para a bio-arquitectura do evento, cujo design foi concebido pelo indonésio Amir Rabik, cônsul honorário de Espanha e de Portugal em Bali.
Durante dois meses, uma equipa de 70 balineses, liderados pelo bio-arquitecto Amir Rabik conseguiram o impossível: construir as zonas de Chill-Out, Dance Floor e Liminal Village, inspiradas em pagodes do oriente. Com 2500m2 e 26,5 metros de altura, a estrutura onde os milhares de boomers dançaram trance pela noite fora, é já considerada o maior pagode em bambu da Europa.
O bambu utilizado nas estruturas não foi obtido do abate de árvores, mas sim de reutilização. O mesmo conceito foi utilizado na concepção das restantes estruturas do festival, sendo utilizada a madeira queimada pelos incêndios que assolaram Idanha-a-Nova, no ano passado. Além da bio-arquitectura, o recinto contou ainda com outras inovações ecológicas: os sistemas de sustentabilidade. Chuveiros que poupam até 80% de água, geradores movidos a energia solar, casas de banho secas, livres de químicos e pensadas para a adubagem de terrenos e cinzeiros de bolso, para evitar as desagradáveis beatas no chão, são alguns dos exemplos da preocupação ambiental da organização.
Esta nova mentalidade de produção de eventos é que o nosso país precisa! fica o exemplo para outras produções nacionais, onde o principal objectivo é o consumismo patrocinado por marcas de cerveja e télemoveis.
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