11/11/2006

Estrela

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Secretário de Estado do Ambiente apadrinha reflorestação da Estrela . O Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, esteve na passada sexta-feira em Manteigas onde apadrinhou o lançamento da campanha ‘Um Milhão de Carvalhos para a Serra da Estrela’, promovida pela Associação Cultural dos Amigos da Serra da Estrela (ASE). Naquela oportunidade, Humberto Rosa, o Presidente do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), João Menezes, o Presidente da Câmara de Manteigas, João Manuel Biscaia, o Director do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), Fernando Matos, e representantes de outras entidades ‘ajudaram’ cerca de quarenta alunos das escolas de Manteigas na plantação das primeiras 900 bolotas que irão contribuir para a reflorestação de uma vasta área afectada pelos incêndios, em pleno Vale Glaciar do Zêzere.A ASE tenciona promover a campanha até Março, convidando os alunos das escolas de todo o país a visitarem a serra e a darem o seu contributo, semeando bolotas que mais tarde darão origem a bosques de carvalhos nos locais onde actualmente não existem árvores devido aos incêndios florestais.“Este projecto só faz sentido se as escolas aderirem”, sublinhou o vice-presidente da ASAE e coordenador da iniciativa, José Maria Saraiva, sublinhando ainda que um dos objectivos passa por “estabilizar os solos” e colmatar os efeitos dos incêndios em áreas da Serra da Estrela situadas entre os 1.400 e os 1.600 metros de altitude.“A ASE pretende contribuir para minimizar os riscos da erosão, aumentar a capacidade de retenção e do armazenamento da água, manter e fomentar a sustentabilidade dos recursos naturais e da biodiversidade”, acrescentou, salientando ainda a preocupação de garantir a manutenção futura da actividade pastoril, melhorar a paisagem e, consequentemente, a promoção do turismo.Aspecto particularmente salientado por José Maria Saraiva foi o inédito envolvimento da Força Aérea Portuguesa numa acção deste tipo e que irá proporcionar, com o recurso a um helicóptero, o transporte das plantas até locais de difícil acesso por outra via que não a aérea.“Com esta nossa campanha pretendemos fazer com que se criem bosques de carvalhos que estarão formados daqui por vinte anos”, reforçou o vice-Presidente da ASAE, associação que pretende agora que “haja muitas visitas de escolas ao Parque Natural da Serra da Estrela, porque quantas mais visitas houver, mais bolotas temos para semear”.“Temos de dar umaajuda à natureza”Depois de lembrar que em 2005 arderam cerca de 11 mil hectares na aérea do PNSE e que, neste ano de 2006, o fogo devastou cerca de 800 hectares, Fernando Matos, Director daquela área protegida, sublinhou a realização de várias acções levadas a cabo no sentido de recuperar as zonas ardidas. Nesse sentido, congratulou-se com a realização daquela acção, que considerou “extremamente importante em termos de prevenção ambiental”, considerando ainda o carvalho “a espécie mais indicada para podermos intervir aqui”.No encerramento da sessão, o Secretário de Estado do Ambiente lembrou que “antes de haver pessoas já havia árvores e fogos florestais”, lamentou o facto de 2005 ter sido “um ano negro para o PNSE” e defendeu que “precisamos ter menos resinosas e mais folhosas”.Considerando que “temos de dar uma ajuda à natureza e contar com todos que gostam da Serra para isso”, o governante advogou que “o visitante de uma área protegida deve pagar pela sua conservação”, acrescentando ainda que “quando um visitante se desloca à Serra da Estrela deve deixar o parque melhor do que o encontrou”.“Onde há um carvalhal, temos menos fogo e melhor qualidade de vida para todos”, referiu ainda, reconhecendo que esta campanha “é o tipo de iniciativa que se pode expandir para qualquer parte do território nacional”.Após a sessão, que decorreu na Casa da Roda, em Manteigas, houve lugar à primeira plantação, em pleno Vale Glaciar do Zêzere, tendo José Maria Saraiva admitido que “plantar 300 mil carvalhos até Março já será uma vitória”.A ASAE sublinha que para participar na campanha, os alunos não têm de comprar as bolotas, devendo antes apanhar bolota na região, desde Trancoso, Sabugal, Fundão, Belmonte, Covilhã, Celorico da Beira, Gouveia, Seia e Oliveira do Hospital. Quem apanha as bolotas não tem de as semear. As sementes serão entregues nas instalações da associação que as manterá em boas condições de armazenamento até que ocorra a sua sementeira. Naquele mesmo dia, a Associação de Agricultores do Distrito da Guarda (ADAG), ali representada por António Machado e Luís Gonzaga, entregou 30 quilos de bolota que, posteriormente, irão ser plantadas, no âmbito da campanha.
Noticia JornalRegional

1 Comentários:

Às sexta-feira, novembro 17, 2006 , Anonymous Anónimo disse...

Apoiado vamos ver se não fica só a intenção...Um Abraço

 

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