10/02/2006

"ALARES"

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No interior do Parque Natural do Tejo Internacional, a um passo das majestosas escarpas do rio Tejo, surge perdida na guerra a aldeia “Alares”; ou melhor as ruínas da aldeia, apenas habitada por ovelhas e pastores. MAGNÍFICA!
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. Foi à cerca de 84 anos que as aldeias dos Alares, Cubeira e Cegonhas Velhas, foram invadidas pelos populares da vizinha aldeia do Rosmaninhal que, munidos de enxadas, paus e pedras, dizimaram estas populações. Reza a história que esfolaram borregos vivos, partiram o forno do pão e os potes de mel entornados "corriam pelas ruas abaixo, qual torrente invernosa". Tudo aconteceu quando um dos netos do Visconde Mourão, um dos quatros herdeiros das terras, vendeu a sua parte às gentes locais. Pensando que tinham direito a tudo, os novos proprietários deixaram de pagar a renda aos netos do visconde. Impotentes, os outros herdeiros nada puderem fazer para cobrar a renda. Até que venderam a sua parcela à população do Rosmaninhal, dez vezes superior à dos Alares, Cubeira e Cegonhas Velhas. Durante dois anos foi declarada guerra e toda gente andava armada no campo. Após a invasão, as terras de cultivo foram divididas em terrenos chamados sortes. Fugidas, as gentes dos Alares, Cubeira e Cegonhas Velhas, formaram as povoações da Soalheiras e Cegonhas Novas que ainda hoje existem.