17/02/2006

"Amanhecer"

16/02/2006

BACALHAU

Mundialmente apreciado, a história do bacalhau é milenar. Existem registros de existirem fábricas para processamento do Bacalhau na Islândia e na Noruega no Século IX. Os Vikings são considerados os pioneiros na descoberta do cod gadus morhua, espécie que era farta nos mares que navegavam. Como não tinham sal, apenas secavam o peixe ao ar livre, até que perdesse quase a quinta parte de seu peso e endurecesse como uma tábua de madeira, para ser consumido aos pedaços nas longas viagens que faziam pelos oceanos.
O bacalhau normalmente, vive em grandes profundidades, tanto maiores quanto maior for a idade, podendo encontrar-se a mais de 450 metros. Pode atingir 20 anos de idade, ultrapassar 180 centímetros de comprimento e pesar mais de 20 quilos.
A pesca intensiva está a ameaçar de extinção o Cod, peixe que dá origem ao bacalhau. Há anos que pesquisadores e ecologistas alertam que o bacalhau, uma das espécies mais comercias do mundo, corre risco de extinção.
Os cardumes de bacalhau foram sendo reduzidos ao longo de séculos de pesca excessiva. Nas últimas décadas, a modernização da indústria pesqueira levou a que a captura fosse mais eficiente, o que consequentemente acelerou o processo de extinção. Actualmente, não são só os cardumes que estão menores, mas também os peixes. Isso deve-se ao facto de durante anos os animais maiores terem sido intensamente capturados, fazendo com que a população remanescente da espécie seja descendente de peixes menores. Nos últimos 20 anos a população de bacalhau tem ficado abaixo do mínimo necessário para sustentar a sobrevivência da espécie. Além da pesca excessiva, o próprio ciclo de reprodutivo do bacalhau dificulta a recuperação da espécie. De cada 20 crias, apenas uma consegue sobreviver tempo suficiente para se reproduzir, pois o bacalhau leva até seis anos para chegar à maturidade sexual.
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Finalmente os ministros da União Européia responsáveis pela pesca deram ouvidos aos peritos e anunciaram medidas contra os excessos da atividade de pesca nas águas da comunidade. O bacalhau e a pescada deverão ser protegidos. A meta é proporcionar que a população de peixes se recupere num ritmo de 30% ao ano. Só no Mar do Norte, ela diminuiu 85% nos últimos 20 anos.

Dia Mundial do Ambiente

Pela primeira vez, as celebrações oficiais do Dia Mundial do Ambiente, a 5 de Junho, estão marcadas para o Norte de África, na Argélia.
Este ano, o tema é a desertificação.
Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas, lembrou que os desertos cobrem mais de 40 por cento da superfície terrestre e neles vivem cerca de dois mil milhões de pessoas, ou seja, um terço da população mundial. “Para a maioria, a vida é dura e o futuro, muitas vezes, incerto. (…) É essencial não esquecermos essas pessoas nem os habitats frágeis dos quais dependem”.

Os desertos são associados a terras áridas e desabitadas, mas a verdade é que são ecossistemas com flora e fauna que cobrem pouco mais da quinta parte da superfície terrestre do planeta. Os desertos são uma terra de extremos, devido à brusca mudança de temperatura entre dias muito quentes e noites frias, e ainda são, radicais no sistema de chuvas, principalmente pela sua ausência. A seca é a caracteristica principal de um deserto, independentemente de serem quentes ou frios, de serem dominados por montanhas ou planícies, por pedras ou areia. A areia, que está intimamente associada à idéia do deserto, cobre apenas 20% dos territórios como tal classificados. As plantas e os animais que vivem nos desertos são muito numerosos e têm uma característica comum, a habilidade de sobreviver com pouca água, (xérofilos). Isto significa que possuem uma capacidade especial para encontrar e armazenar líquidos e contam com mecanismos biológicos para evitar sua perda ou evaporação. O cato a principal planta associada ao deserto, tem as folhas substituidas por espinhos para diminuir a evaporação e é carnudo para armazenar água.

Os desertos existem em diversos lugares do mundo, sendo os mais extensos: O Saara, Arábico, Gobi, Kalahari e o Australiano. Há quem considere que os pólos, embora cheios de gelo, são desérticos devido à sua aridez.
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SABIA QUE...

Os elefantes primitivos eram menores do que os actuais e não tinham trompa?
Hoje só existem duas espécies de elefantes: o africano (Loxodonta spp) e o asiático (Elephas maximus). Os fosséis de elefantes Loxodonta mais antigos têm cerca de 5 milhões de anos, tendo sido encontrados em África.
O elefante primitivo, Moeritherium, tinha uma altura máxima de 1 metro. O elefante africano é hoje o maior animal terrestre.

Extintos

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Loxodanta spp - Elefante Africano

Em risco de extinção, tendo como principal ameaça a caça para obtenção de marfim e carne.

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Elaphas maximum - Elefante Asiático

Em perigo de extinção, tendo como principais ameaças a destruição do habitat e a caça para obtenção de marfim.

Os elefantes asiáticos são relativamente dóceis e fáceis de domesticar, ao contrário dos seus parentes africanos.

11/02/2006

"18horas"

10/02/2006

"ALARES"

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No interior do Parque Natural do Tejo Internacional, a um passo das majestosas escarpas do rio Tejo, surge perdida na guerra a aldeia “Alares”; ou melhor as ruínas da aldeia, apenas habitada por ovelhas e pastores. MAGNÍFICA!
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. Foi à cerca de 84 anos que as aldeias dos Alares, Cubeira e Cegonhas Velhas, foram invadidas pelos populares da vizinha aldeia do Rosmaninhal que, munidos de enxadas, paus e pedras, dizimaram estas populações. Reza a história que esfolaram borregos vivos, partiram o forno do pão e os potes de mel entornados "corriam pelas ruas abaixo, qual torrente invernosa". Tudo aconteceu quando um dos netos do Visconde Mourão, um dos quatros herdeiros das terras, vendeu a sua parte às gentes locais. Pensando que tinham direito a tudo, os novos proprietários deixaram de pagar a renda aos netos do visconde. Impotentes, os outros herdeiros nada puderem fazer para cobrar a renda. Até que venderam a sua parcela à população do Rosmaninhal, dez vezes superior à dos Alares, Cubeira e Cegonhas Velhas. Durante dois anos foi declarada guerra e toda gente andava armada no campo. Após a invasão, as terras de cultivo foram divididas em terrenos chamados sortes. Fugidas, as gentes dos Alares, Cubeira e Cegonhas Velhas, formaram as povoações da Soalheiras e Cegonhas Novas que ainda hoje existem.

FREIRA DA MADEIRA

A Freira da Madeira (Pterodroma mollis), endemismo da ilha da Madeira é a ave marinha mais ameaçada da Europa.
Tem aproximadamente 32 cm podendo viver até os 15 anos, mas só se torna reprodutiva aos 6 anos de idade. A população está estimada em 60-70 casais reprodutores. Alimenta-se no mar, mas é nas montanhas que vive a maior parte do tempo, acasala e procria. Nidifica em locais inacessíveis a 1600m de altitude no Maciço Montanhoso Central.O ninho é escavado no solo pelo que a existência de áreas não erosionadas é vital para a sobrevivência da espécie. Após o período de acasalamento e preparação dos ninhos, as aves vão para o mar onde permanecem, até a altura da postura e incubação. . Classificada mundialmente como espécie em “perigo de extinção”, tem como principais factores de ameaça a predação de ovos e juvenis por animais introduzidos, nomeadamente ratos e gatos, degradação do habitat de nidificação por parte dos herbívoros, também introduzidos (ovelhas, cabras, coelhos), avanço do estado de erosão das zonas de montanha e captura de ovos e indivíduos por parte de coleccionadores e comerciantes (no passado).
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As ilhas sempre foram particularmente vulneráveis ás introduções de seres vivos. A maioria das extinções de aves ocorreu em ilhas e isto torna-se particularmente grave, se tivermos em conta que 20% das aves do Mundo ocorrem em ilhas e que quanto menor é a ilha, maior é o risco de extinção.

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Está a ser criada em Castelo Branco, com o apoio do IPJ, uma associação de estudos e conservação da Natureza. Tem como objectivos levar os seus associados a descobrir e estudar a Natureza, bem como sensibilizar as pessoas a terem uma atitude mais conservacionista perante a Natureza. Durante o mês de Fevereiro vais ser realizada a primeira Assembleia-geral com o intuito de eleger a direcção e aprovar os estatutos. Mais informações sobre a associação, bem como a confirmação do dia da assembleia-geral serão transmitidas neste blog.
Info: 965546379 ou 960116563

PEGADA ECOLÓGICA

A Pegada Ecológica constitui uma forma de medir o impacte humano na Terra. Este conceito, desenvolvido por Mathis Wackernagel e William Rees, autores do livro “Our Ecological Footprint - Reducing Human Impact on the Earth” (1996), exprime a área produtiva equivalente de terra e mar necessária para produzir os recursos utilizados e para assimilar os resíduos gerados por uma dada unidade de população. Pode ser calculada para um indivíduo, uma comunidade, um país, ou mesmo para a população mundial. . .
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Para calcular a Pegada Ecológica é necessário estimar o consumo de bens e serviços e a produção de resíduos da unidade de população em estudo. Esses bens e serviços incluem várias categorias, como os alimentos, o vestuário, o transporte, a energia, o lazer, a habitação, os produtos com origem na madeira (lenha, papel, mobiliário...), etc. Posteriormente, estima-se a área necessária à produção de cada item, dividindo a média anual de consumo desse item, pela média da sua produtividade. Cada uma dessas áreas é considerada equivalente a um tipo de área biologicamente produtiva, e a sua soma constitui a Pegada Ecológica.
As áreas biologicamente produtivas consideradas são as seguintes: área cultivada; área de pasto; área de floresta; área de recursos marinhos; área construída e área de floresta necessária para absorver as emissões de dióxido de carbono associadas ao consumo de combustíveis fósseis. De notar que, nos estudos até aqui realizados, ainda não foi possível entrar em consideração com variáveis importantes, como os consumos de água e a libertação de poluentes tóxicos. . A Pegada Ecológica encontrada para Portugal foi de 5,0 ha/capita, integrando as seguintes componentes: 1,2 ha/capita de área cultivada; 0,7 ha/capita de área de pasto; 0,5 ha/capita de área de floresta; 0,2 ha/capita de área de recursos marinhos; 0,4 ha/capita de área construída; 2 ha/capita de área de floresta necessária para absorver as emissões de dióxido de carbono associadas ao consumo de combustíveis fósseis. Com uma biocapacidade de 2,2 ha/capita, o nosso país apresentou um défice ecológico de 3,4 ha/capita. . .
O excesso de consumo dos recursos que a natureza disponibiliza, por parte da população humana, principalmente pelos países mais desenvolvidos, é uma realidade a que urge dar resposta, através da alteração dos hábitos de consumo e da preservação dos ecossistemas.
Caso contrário, com a aceleração das alterações ecológicas à escala regional e global, na forma de alterações climáticas, redução da camada de ozono, perda de solos produtivos, de recursos hídricos subterrâneos e de biodiversidade, desflorestação e sobrexploração de recursos pesqueiros, corre-se o risco da “Pegada da Humanidade” esmagar a Terra que a sustenta.
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06/02/2006

" A Natureza é a Arte de Deus"

PARQUE NATURAL DA SERRA DE
SÃO MAMEDE
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A serra de S Mamede. com os seus 1025m de altitude, é a mais importante elevação do Alentejo, além de representar umas das raras manchas do devónico - andar estratigráfico datado entre 450 e 350 milhões de anos - existentes em Portugal. Cercada a norte e leste por granitos, a sua geologia traduz-se na presença de xistos, grauvaques, calcários e quartzitos, litologia que se reflecte na variedade dos solos. Ao longo do maciço, a pedra adquire por vezes formas surpreendentes tal como acontece nas cristas quartzíticas, os mais importantes acidentes morfológicos de S. Mamede.
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A diversidade das condições ecológicas faz com que esta serra tenha numerosas populações vegetais e animais.
Numa região em que a expressão mediterrânica é manifesta, vamos encontrar carvalhais e castinçais em paredes meias com sobreiros, azinheiras, oliveiras e todo um cortejo de espécies silvestres, algumas das quais raras, caso do Lamium bifidum e do Trisetum scabriusculum.
Quanto à fauna, também esta Área Protegida dispôe de variadas espécies, donde algumas se destacam: a águia-de-bonelli, o bufo real, o abutre negro, o grifo, o abutre do egipto, a cegonha preta, ou a abetarda. Para além da avifauna, salienta-se a maior colónia de morcegos da Europa, existindo ainda lontras, tritões de ventre laranja, sapos parteiros ibéricos, lagartos-de-água, etc. Citam-se ainda, sem esgotar a relação, a geneta, o veado, o sacarrabos, ou o javali.
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Ao longo do Parque Natural os seus 30000 habitantes vivem em aglomerados ou montes isolados, dando destaque a Marvão e Castelo de Vide dois locais de visita obrigatória.
As ruínas da cidade da Ammaia, agora em notável fase de pesquisa e recuperação, bem como pontes, caminhos e açudes, marcam a presença romana e são lugares a não dispensar.
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Percursos Pedestres do Parque Natural Da Serra de São Mamede:
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Dispõe de folhetos informativos com a interpretação do percurso e estão sinalizados no terreno. Os pontos de partida e de chegada correspondem a localidades dotadas de cafés e/ou restaurantes, telefone e minimercados:
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Percurso de Esperança - 18 kms. Ponto de partida e de chegada: Esperança. (Arronches) Percurso de Marvão - 8 kms. Ponto de partida e de chegada: Portagem. (Marvão)
Percurso de Galegos - 17 kms. Ponto de partida e de chegada: Galegos. (Marvão)
Percurso de Carreiras - 10 kms. Ponto de partida e de chegada: Carreiras. (Portalegre / Castelo de Vide)
Percurso do Reguengo - 10 kms. Ponto de partida e de chegada: Reguengo. (Portalegre).
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"A Serra" .
"Vais calcorrear a Serra da Gardunha, por entre os soutos e os campos floridos, visitar as pequenas aldeias serranas e provar o verdadeiro queijo da serra. Na Gardunha encontras uma abundante serra plena de castanheiros bravos e soutos que a enchem de tons verdes amarelados e acastanhados, dando-lhe uma beleza natural muito própria. Mas ao que parece, nem sempre foi assim. Incessantemente exerceu fascínio sobre os homens, que nela procuraram alimento ou abrigo, como o chefe lusitano Viriato. A serra da Gardunha, baptizada assim pelos árabes, (Gardunha significa refúgio), tinha vinhas no tempo de D. Dinis. Mas quis o soberano arrancá-las e para as substituir ordenou que se replantassem no vale de Alcambar castanheiros, que se tornariam conhecidos como soutos D’El Rei. Mas infelizmente por incúria do homem, uma parte significativa dessas árvores desapareceu como o abate e alguns incêndios violentos. Algo se perdeu, mas não penses que vais encontrar uma serra deserta. Pelo contrário, em muitas partes o arvoredo ainda é denso e abundante, só que no passado se estendia por uma área ainda mais vasta. Hoje, dos pontos altos como o miradouro da Portela, a vista continua a ser muito bonita nesta pequena serra com cerca de 10 km de largura por 20 de comprimento. Entrincheirada por entre os rios Pônsul e Zêzere, ainda tem várias espécies animais, e conserva tradições como o bom queijo artesanal."
"À descoberta da Serra da Gardunha"
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05/02/2006

REPRODUÇÃO EM CATIVEIRO
LINCE IBÉRICO
(Lynx pardinus)
Felídeo de pelagem castanho-amarelada com pintas negras e cauda curta com a ponta preta. Uma característica muito particular é o facto das orelhas possuírem nas extremidades pêlos rígidos em forma de pincel. Outra característica, muito conhecida nestes felídeos, é o facto de possuírem longas patilhas que crescem progressivamente ao longo do tempo. Os seus membros são robustos, sendo os posteriores mais longos, o que lhe confere grande capacidade de impulsão, enquanto que os anteriores são mais curtos e fortes sendo por isso utilizados na captura das presas.
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Carnívoro maioritariamente crepuscular e nocturno. Alimenta-se quase exclusivamente de coelhos-bravos, no entanto, a sua dieta pode ser complementada com roedores, aves e crias de cervídeos. .
Tem como habitats preferenciais os bosques e matagais mediterrânicos onde procura abrigo, utilizando também zonas mais abertas que lhe permitem capturar a sua principal presa.
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O lince-ibérico é actualmente considerado o felino mais ameaçado do mundo e encontra-se classificado como espécie Em Perigo de extinção pelos Livros Vermelhos de Portugal, Espanha e UICN. Também se encontra protegido pela Convenção de Berna e pela Convenção que regulamenta o Comércio de Espécies Selvagens (CITES - Anexo I), sendo considerado pela Directiva Habitats como uma espécie prioritária.
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O programa de reprodução em cativeiro conta com 13 animais - destes, dez animais encontram-se no Parque Nacional de Doñana, e três estão no Parque Zoológico do Jerez, em Espanha.
No dia 28 Março, nasceram três crias de um casal de linces. Os progenitores são "Saliega", uma fêmea muito débil recolhida em Abril de 2002, com apenas 1 mês, na serra Morena, e "Garfio", macho capturado há três anos precisamente para integrar o programa de criação em cativeiro. No entanto, Brezina, uma das três crias morreu na sequência de uma luta com o irmão Brezo, a mãe, Saliega, tentou separar as crias mas não chegou a tempo. Brezo, ficou ferido morrendo mais tarde.
De acordo com os especialistas, as lutas entre irmãos são normais e existem provas de indivíduos, tanto em cativeiro como em liberdade, que demonstram agressões por rivalidade.
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A reprodução em cativeiro vai ter um papel muito importante no esforço colectivo de preservar e recuperar esta espécie, criando as condições para o reforço das populações selvagens e manutenção da integridade genética da espécie. Um novo centro de grandes dimensões está a ser construído em Jaen, na Andaluzia. .
O objectivo do programa de reprodução é chegar a 2010 com cerca de 60 animais (quer através de reprodução quer da captura de mais animais), e desta forma efectuar as reintroduções tão necessárias na natureza. Mas, para que animais de cativeiro tenham hipóteses de sucesso, é fundamental que as medidas de conservação e recuperação dos habitates estejam bem implementadas. . Actualmente existem cerca de 100 a 120 individuos, que se encontram em risco de desaparecer!

Cegonha Preta (Ciconia nigra)
A cegonha-preta é uma espécie migratória, rara no nosso país.
Um pouco mais pquena que a cegonha-branca (Ciconia ciconia), mede cerca de 97cm de comprimento e aproximadamente 190cm de envergadura. A plumagem é negra na cabeça, pescoço, dorso e asas, possuindo um brilho metálico verde-dourado, púrpura, em determinadas condições de luminosidade. A barriga é branca; as patas e o bico são vermelhos.
Esta espécie captura principalmente peixes, anfíbios e insectos, mas também outros pequenos vertebrados, como ratos e répteis.
A cegonha-preta é uma ave que prefere floretas espontâneas de folha caducas e mistas, nas quais encontra ribeiros, rios e prados, ricos em alimento. Tem igualmente preferência por regiões de penhascos, habitualmente fragas, junto a rios.
Em Portugal esta espécie nidifica no interior, do Norte ao Sul do país, preferindo as bacias hidrográficas dos rios Douro, Tejo e Guadiana.
A destruição e degradação do habitat e a perturbação humana, nas áreas de nidificação, constituem factores de ameaça. O abate ilegal de aves na migração, a mortalidade devida à colisão com postes e linhas de alta tensão e a contaminação por pesticidas constituem outras ameaças não negligenciáveis.
Em consequência do declínio sofrido nas populações, a cegonha-preta está classificada como ameaçada e faz parte das Convenções de Cites, Bona, Berna e na Directiva Aves.